A MUSA...
by Grace Spiller
Sem pedir licença,
Entrou no sonho do artista
E, sutil presença,
Deitou-se com ele
Na cama plena de amor-ausência.
Como todo amor platônico,
Foi um vento bom,
Novo sopro de vida
A renovar seus sentires,
Banhando sua alma,
Tirando-o do chão.
E, com aquela magia
Que as musas possuem,
Choveu em seu coração ressequido,
Trazendo-lhe à face o sorriso
Esquecido no tempo,
Perdido na dor.
Ah! A musa!
Possivelmente,
um amor derradeiro...
Entrou em seu sonho
E roubou seu coração
Feito amor-adolescente,
Feito o amor-primeiro!
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