Ah! Que saudades!

By Grace Spiller

 

 

 

 

Saudades da boemia,

das noites, dos poetas,

do lirismo que me envolvia

ao cantar o céu e as estrelas,

o sol, a lua e as sereias!

 

Cantar a vida que pulsa

no mar, na terra, no ar...

O verde intenso das florestas,

o chilrear dos pássaros,

anunciando eterna festa!

 

Ah! Que saudades!

 

Saudades daquele tempo

em que a lira dava o tom

ao se cantar a beleza,

cantar a alegria,

a vida prenhe de flores,

a doce magia

da mais pura poesia

que irradia de grandes amores!

 

Ah! Que saudades!

 

Saudades sem razão,

sem lógica, só emoção,

pois, no raciocínio,

não encontro explicação

para saudades tão latentes

de coisas que antes nunca fiz!

 

De onde, então, as saudades

do que foi sem nunca ter sido?

Sei não...

Será que o coração mente?

Ou, quem sabe,

eu esteja apenas demente…

Ah! Que Saudades!

 

 

 

RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS